A turma de informática do 2º ano matutino, realizou uma atividade com o professor Artur no começo do ano onde os alunos poderiam escolher quem gostariam de entrevistar entre os professores e funcionários do campus, e realizar perguntas que condizem com a área de formação deles, entre outros assuntos que não fosse somente ‘nome e idade’. Clique abaixo, veja as entrevistas e conheça um pouco de algumas das pessoas que fazem parte do nosso cotidiano no IF!
Thalita Scharr Rodrigues Pimenta, natural de Ponta Grossa - PR, é uma profissional da área de Informática, professora do Instituto Federal do Paraná - Campus Irati, esposa e mãe de gêmeas.
É formada como tecnóloga em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UTFPR, fez bacharel em Desenvolvimento de Sistemas e mestrado em Computação Aplicada à agricultura pela UEPG, além de PhD (doutorado) em Informática pela UFPR.
A entrevista foi feita pelas alunas do 2º Ano Técnico em Informática do IFPR - Campus Irati, Amanda Jagher Labiak, Geovana Paola Bobato e Maria Luisa Torrens. O tema da entrevista foi “Mulheres na Tecnologia”, que teve como foco a jornada pessoal e acadêmica da entrevistada.
Você desempenha muitos papéis — mulher, mãe, esposa, professora. Como equilibrar todas essas funções e quais desafios enfrentados ao longo do caminho? Já sentiu alguma pressão social nesse sentido?
Sobre pressão social, certa vez, uma prima me disse que era difícil ver uma mulher que se destacasse tanto na vida profissional quanto na maternidade. Como se fosse uma opção que excluiria a outra. Esse tipo de comentário e opinião, infelizmente, acaba vindo muitas vezes de outras mulheres. São diversos os desafios na nossa vida. Equilibrar nossos papéis nem sempre é possível.
Às vezes um lado está mais complexo que outro, por exemplo, um problema familiar ou um prazo apertado no trabalho. Precisamos fazer escolhas. Como resultados, temos que lidar com a nossa autocrítica, quando acabamos nos fazendo mais mal do que os outros, especialmente por causa da ansiedade. Desse modo, nos cobramos reações, situações e resultados perfeitos e impossíveis. Minha psicóloga sempre me orienta questões como: quais os meus objetivos nas coisas que faço? Se essa situação tivesse acontecido com uma amiga, o que eu falaria para ela? Enfim, reflexões para tentar tornar mais leve e saudável a forma com que reagimos a tudo isso.
Sendo a única professora em sua área na instituição, como isso impacta sua experiência profissional? Já enfrentou dificuldades ou momentos em que sentiu que precisava provar algo mais por ser mulher?
Isso foi um dos motivos para termos o Projeto ADA, para incentivar mulheres a entrar na área de Informática e permanecer. Porque temos diversas alunas que vão bem e se formam no ensino médio, mas não apresentam menor interesse em continuar na Informática. Sempre temos nos perguntado sobre como mudar essa situação.
Na outra instituição onde trabalhei como professora, a quantidade de professoras e professores de Computação era bem equilibrada. Aqui, tive colegas que foram professoras temporárias. Porém, não tive problemas desse tipo aqui no IFPR, com descrença, preconceito e coisas do gênero e isso me deixa feliz. Acredito que se fosse um cenário diferente, já teria pedido transferência para outro campus, por exemplo.
E acredito que isso aconteça em outras instituições, não tão longe daqui, infelizmente. Sabemos que existem realidades ainda piores, como por exemplo, o Egito. Já em diversos outros países, incluindo na China, temos visto mulheres se destacando e ganhando diversos admiradores por seus trabalhos na área da Computação. Espero que isso continue.
Você já passou por situações de preconceito ou descrença em sua capacidade profissional apenas por ser mulher na tecnologia? Como lidou com isso?
Com toda certeza, tanto nos estágios, quanto nas universidades e até recentemente, no doutorado. Já fui recusada em uma oportunidade de doutorado, por ser mulher e ser casada. O professor que estava me entrevistando para orientação, disse que eu ia engravidar e desistir do doutorado. Em um estágio em uma empresa de desenvolvimento, alguns colegas da faculdade faziam piadas, dizendo que eu estava lá apenas para “passar café” para a equipe. Na faculdade, teve colegas que disseram que só passamos em algumas disciplinas difíceis, porque éramos mulheres e bajulávamos o professor.
Essa descrença nos leva a duvidar muito da nossa capacidade e desempenho, fora que leva muitas mulheres a desistirem da pós-graduação ou até da área. Faz muito tempo que faço acompanhamento psicológico e isso, com certeza, foi um divisor de águas não só para minha vida profissional, mas para vida como um todo. Infelizmente, não gostaria que tivesse sido necessário isso ou que outras garotas e mulheres tenham que sofrer tanto assim para serem reconhecidas.
Qual foi o momento mais gratificante de sua trajetória como professora e profissional de tecnologia?
As homenagens que recebemos sempre são gratificantes. Tive oportunidade de organizar grandes eventos, ser reconhecida por isso e pelos prêmios recebidos pelas nossas equipes de Robótica, por exemplo.
Em que momento da sua vida você decidiu seguir nessa área? Como foi o processo para seguir nela? Teria alguma pessoa, em especial, que te motivou a seguir a carreira nesse âmbito tecnológico?
É uma história que costumo contar pros meus alunos da Graduação: quem me inspirou a seguir na área foi um tio-avô, que mesmo sendo da área de Matemática, trabalhava com programação e infraestrutura em grandes empresas, como a Volvo e a IBM.
Sobre a docência, fiz dois cursos na área de Informática, e acabei entrando no mestrado por incentivo de um colega mais velho. Ele trabalha com TI hoje ainda,mas não quis ser professor.
Minha orientadora e minha co-orientadora do mestrado tiveram uma grande influência na minha escolha por isso. O começo foi desafiador e desanimador. Hoje, depois de mais de 13 anos sendo professora (2 anos na UTFPR PG e 11 anos aqui no IFPR), consigo ver pontos positivos e o impacto que tive na vida de diversos alunos e até, na vida de suas famílias, através da própria formação deles, ajudando a arranjar empregos, com bolsas e viagens de projeto e coisas assim.
ENTREVISTA COM MAIKON
Por Mateus Garcia, Samuel e Bruno
Há quanto tempo trabalha no IF de Irati e qual a função exercida?
Trabalho há 10 anos como assistente de alunos.
Qual sua formação acadêmica?
Atualmente Mestrado em Matemática.
Qual a motivação para a criação do projeto de xadrez e quais eram os objetivos?
Sempre gostei de xadrez, quando entrei no IFPR participava com o professor Hugo. Quando ele foi embora, assumi o projeto com o objetivo de difundir o xadrez no Campus e na cidade de Irati.
O projeto já levou estudantes a ganharem um campeonato?
Sim. Várias vezes na regional, algumas na macro e fomos até a final com feminino uma vez, ficando em 9º no PR inteiro. Nos jogos do JIFPR a Ana Clara ganhou ano passado e já fomos terceiro no masculino por equipes.
Sabendo que você vai sair do Instituto Federal de Irati, o que ele agregou na sua vida?
Mudou minha vida, pude realmente entender o que é ensino de qualidade e vi que gostaria de contribuir mais ainda nessa proposta do IF, e assim fiz e passei agora para professor no IF de Sergipe.
DIFICULDADE NEURODIVERGENTE
com Sandra Vaz
Por Daniela Denkwiski, Samara Oliveira dos Santos, Marcos Vinicius Zanella
Introdução
Sandra Cristina Vaz nasceu em Campo Mourão (Paraná), se formou em biblioteconomia em 1998 e está no campus Irati há 11 anos. Ela relata que escolheu esta formação por acreditar que portava o perfil do curso e a profissão da área, pois desde sua infância frequentou bibliotecas de várias instituições, sempre se admirando com o ambiente.
Nesta reportagem, Sandra fala sobre sua infância e revela que sempre apresentou dificuldade em disciplinas escolares. Na vida adulta, a bibliotecária do campus Irati olha para trás e levanta a hipótese de ter discalculia, após sua filha ser diagnosticada com autismo. A entrevista foi produzida por e-mails.
Sobre as perguntas específicas, lembro-me de estar conversando contigo em 2024 sobre neurodivergência, discalculia e autismo. Você me contou sobre o diagnóstico de sua filha, e sobre sua experiência lidando com a infância dela, mas também sobre como foi a sua infância com as dificuldades apresentadas.
1. Como e quando você percebeu que havia algo errado?
Depois da minha alfabetização as dificuldades com a matemática e por duas reprovações.
2. Qual foi sua maior dificuldade na infância no ambiente escolar?
Desde que iniciei minha vida escolar, já de início apresentei dificuldades de aprendizagem principalmente na disciplina de matemática, porém por falta de informação e acesso a atendimento específico minha mãe não foi orientada pelos profissionais na escola. Então a forma que ela tentava me ajudar era me transferindo de escolas inclusive mudando de pública para particular.
3. Você se adaptava bem a estes novos ambientes que era inserida? Você sabia o motivo de estar sendo mudada de escola?
Sim, não tive dificuldades de adaptação, o motivo que eu entendia era pelas reprovações seria transferida para uma escola melhor de acordo com o relato de outros pais.
4. Você suspeitava que sua filha pudesse ser especial?
Então, sobre minha filha, como eu já tinha acesso a vários profissionais com atendimento na própria escola, no início do pré-escolar solicitei atendimento da psicóloga, pois sempre achei ela muito agitada. Ela não apresentava dificuldade de aprendizagem, porém, como começo da alfabetização, ela apresentou dificuldade na escrita, mas com uma ótima expressão oral.
5. Diferentemente da sua mãe, a forma com que você buscou ajudar sua filha foi através de um psicólogo. Se você tivesse o mesmo auxílio na sua infância, quais impactos na vida adulta você acredita que teria?
Acredito que, de certa forma, me ajudaria bem mais, porque teria um tratamento específico para as minhas dificuldades que nunca foram tratadas.
DADOS SOBRE NEURODIVERGÊNCIAS, AUTISMO E DISCALCULIA NAS ESCOLAS
O quadro da infância de Sandra Vaz e de sua filha não são os únicos. No mundo inteiro há um número crescente casos de pessoas neurodivergentes com discalculia e autismo. Seguem alguns dados sobre estas situações no Brasil:
Discalculia
Intitulado discalculia, o transtorno de aprendizado diagnosticado em Sandra consiste em uma dificuldade fora do normal de a pessoa entender e manipular números e conceitos matemáticos. E, por mais que possa parecer raro, é cada vez mais comum entre os brasileiros. Para se ter uma ideia, estudo estima que entre 6% e 7% dos brasileiros em idade escolar possuem discalculia. (dados de 2024)
Transtorno de espectro autista
Segundo o Censo Escolar 2023, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em escolas cresceu 48% em um ano.
Atualmente, cerca de 636 mil alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estão matriculados nas escolas brasileiras, portanto, aproximadamente 1,31% dos alunos nas escolas brasileiras são autistas.
ENTREVISTA COM O PROFESSOR FLAVIANO
Por Murilo, Gustavo e Josué
A primeira pergunta que a gente queria fazer pra você é como foi a sua formação e como desenvolveu o interesse na Física, que hoje é a sua área de atuação.
Eu me formei na UNESP, em Guaratinguetá, fiz a graduação lá, depois eu fiz o mestrado e o doutorado no ITA. Fiz um pós-doutorado no ITA também e outro pós-doutorado na UFMG. Eu me interessei pela Física porque lá em Guaratinguetá eu era militar, soldado da escola especialista, e queria seguir a carreira militar. Eu sabia do concurso para Física para ser professor, para dar aula na Academia Militar, ou na ESPCEX, ou seja, nos colégios e escolas militares. Aí fui fazer a faculdade em Guaratinguetá. Como já estava trabalhando lá mesmo, resolvi fazer a faculdade na mesma cidade, mas com a intenção de seguir a carreira militar. Então, quando eu fui fazer a faculdade, fui me interessando pelos estudos e acabei abandonando a carreira militar e seguindo a carreira acadêmica mesmo.
Professor, o que você mais preza no seu método de ensino durante a aula, isto é, em que você dá mais foco?
É aquilo que eu já falei na aula inaugural: eu gosto das metodologias ativas. Eu priorizo que o aluno participe e seja o protagonista do próprio aprendizado. Daí eu proponho o uso do aplicativo MELIORA, da UFMG.
Ele é muito legal, muito interativo, você ativa o exercício e os alunos conseguem responder na hora. Assim você consegue já ter a pré-avaliação do resultado. E como você planeja trazer mais métodos ou mais atividades para melhorar o aprendizado dos alunos?
Junto com o método de estação por pares, eu comecei uma vez usando o esquema da sala de aula invertida, mas na época não deu muito certo. Vamos vendo o futuro, como é que vai ser, mas precisamos de materiais e vídeo-aulas prontos. Eu já tenho uma parte, mas eu ainda vou preparar as vídeo-aulas. Além disso, estou usando técnicas de análise de dados, por exemplo, para fazer dashboards, para deixar materiais e aplicativos interativos para os alunos usarem na página que eu tenho no GitHub.
Qual foi o período da sua carreira que você mais se orgulha?
A parte da carreira que eu mais me orgulho foi o tempo que eu estive na UFMG, onde fiz meu pós-doutorado.
Por que você mais se orgulha desse período?
Porque o ITA era um ambiente muito acadêmico, meio fechado… Era um ambiente mais militar, uma mistura de acadêmico e militar. Na UFMG eu tive uma outra visão de mundo, de Ciência e Tecnologia. Já era uma Universidade, então você tinha contato com profissionais de outras áreas, era bem diverso e estimulante. Você respirava ciência, respirava aquele ambiente de uma universidade. Então você sentia outro ar, uma outra liberdade.
Agora, uma curiosidade. Por ser um professor de Física, muitos gostariam de saber qual a sua matéria favorita no ensino médio e na faculdade?
No ensino médio, como faz muito tempo, não lembro. Mas na faculdade eu gostava muito de programação, tanto que até hoje eu gosto de trabalhar com programação. Até hoje eu tenho pesquisas nessa área, desenvolvendo aplicativos na área de ensino, por exemplo. Resumindo, eu gosto de programar.
Então é por esse motivo que tem o site que você pede para os alunos acessarem nas suas aulas… Você tem algum livro de Física e, se sim, poderia falar um pouco a respeito?
Eu tenho alguns artigos científicos que desenvolvi no doutorado e um que publiquei quando estava aqui em Irati. Livro, eu tenho um da minha tese de doutorado, não lembro a editora, mas ela foi publicada em forma de livro lá fora. Ela fala sobre a pesquisa do doutorado, sobre ferro e água.
Ferro e água em qual sentido?
A reação química entre eles, sua interação para desenvolver algo como um precursor no processo de corrosão e, assim, descobrir mecanismos sofisticados de corrosão.
ENTRE A CIÊNCIA E A VIDA PESSOAL
com José Felinto Barbosa
Por João Henrique Blanski Bonfim, Nicolas Luan Camargo, Anthony Martins Ferreira
Introdução
José Felinto Barbosa é um professor dedicado à área de Biologia, com uma trajetória acadêmica e profissional marcada por importantes contribuições para o ensino e a pesquisa. Com graduação em Ciências Biológicas pela Unidade de Ensino Superior Ingá (2006), mestrado em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009) e doutorado em Biologia Comparada pela Universidade Estadual de Maringá (2022), ele atualmente leciona no Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Irati. Sua atuação envolve disciplinas nos cursos de Agronomia e Química, com foco em tornar o ensino de Biologia mais acessível e envolvente para os alunos. Nesta entrevista, o professor compartilha suas experiências, desafios e reflexões sobre a área de Biologia.
Quais estratégias o senhor utiliza para tornar o ensino de Biologia mais dinâmico e acessível para os alunos?
Gosto muito de atividades práticas em campo ou laboratório. Sempre que o assunto permite, trabalho as práticas.
Qual foi o momento e o motivo em sua trajetória de vida que o senhor percebeu que queria seguir o ramo da Biologia?
O momento foi na busca de trabalho. Conheci pessoas da Biologia, gostei da área e comecei cursar.
Quais são os principais desafios enfrentados no ensino da Biologia atualmente, e como o senhor busca superá-los em sala de aula?
O maior desafio do ensino de Biologia, no ensino médio, é romper a barreira da superficialidade com as quais os alunos estão acostumados. A simplificação de muitos assuntos em redes sociais, às vezes, dificulta um ensino mais aprofundado. Aulas práticas e laboratório ajudam um pouco.
Na sua opinião, quais são os maiores desafios que a Biologia enfrenta atualmente, seja na pesquisa, na educação ou na aplicação?
Os maiores desafios da pesquisa envolvem a qualificação do profissional e verbas para pesquisas. Outro fator importante é a estrutura da instituição, pois nem sempre permite pesquisas mais aprofundadas.
Como a Biologia pode contribuir para resolver problemas globais?
A Biologia, associada com outras ciências, como a própria economia, são chaves para um mundo mais sustentável. Muitos dos grandes problemas que temos hoje se devem aos desequilíbrios ecológicos que promovemos. Entretanto, tudo deve passar por mudanças de atitudes, que dependem de outros atores, como a mídia, as grandes empresas… Não adianta saber que o plástico polui e continuar usando plástico. Assim, vejo que somente uma associação de conhecimentos poderá causar boas mudanças em larga escala.
Qual foi seu maior projeto ou mais impactante ao longo da sua carreira nesta área?
Ainda não tive um grande projeto impactante. Mas terminar o doutorado, publicar o trabalho e orientar alunos em pequenos projetos me deixam feliz.
ENTREVISTA COM SILVIO CÉSAR CZEKWOSKI, auxiliar de bibliotecário na biblioteca do IFPR- Campus Irati
Por Luana Floriano Jankowski e Malu de Oliveira Scheidt
Vamos começar com uma breve apresentação. Você poderia se apresentar e contar um pouco sobre sua trajetória até chegar à biblioteca do IFPR?
Meu nome é Silvio, trabalho como auxiliar da biblioteca. Antes de trabalhar na biblioteca do IF, trabalhei por dois anos na biblioteca pública de Ponta Grossa. Nesse período realizava concursos de nível médio e coincidentemente acabei passando novamente para o cargo de auxiliar de biblioteca, desta vez aqui em Irati.
Você poderia falar um pouco sobre suas responsabilidades diárias aqui no Campus?
Meu horário de trabalho é das 15h às 21h. Faço o atendimento realizando empréstimos, oriento como procurar e renovar livros através do site da biblioteca, trabalho no processo de compra de novos títulos e na preparação física dos livros antes de irem para a estante. Faço a guarda dos títulos nas estantes e contribuo de forma geral com demandas no setor.
E em relação à integração com os alunos e professores, como você percebe essa relação? A biblioteca do IF tem algum programa de iniciativa para incentivar o uso da biblioteca?
A integração é boa, o espaço da biblioteca é propício para o estudo, leituras e troca de conhecimento entre todos. Aqui no IF existe o projeto chamado “Clube do Livro Lelê”, o qual faz esse papel de incentivo ao hábito da leitura e traz o aluno para mais perto da biblioteca.
Quais são os critérios para a escolha dos livros e materiais adquiridos pela biblioteca?
O principal critério está relacionado com as bibliografias dos cursos ofertados pelo IF, depois temos as demandas dos servidores (professores e técnicos) e as listas de sugestões dos alunos.
Quais você considera serem os maiores desafios que a biblioteca de um Instituto Federal enfrenta atualmente?
O principal desafio se refere à atualização, modernização sobre as formas de se fazer presente em meio a um período em que as telas influenciam muito na vida de todos. Atualmente, adquirir o hábito da leitura requer mais esforço do que há anos atrás, quando não estávamos tão presos às notificações dos smartphones.
Quais dicas você daria para os alunos aproveitarem melhor os recursos da biblioteca?
Basicamente a biblioteca serve como um espaço de encontro e de leitura. Com um acervo tão diversificado, a melhor forma de aproveitar esse ambiente é aproveitar esse acervo enquanto vocês ainda estudam aqui. Se você não tem o hábito de ler, uma dica é começar por um livro com um estilo de linguagem mais fácil de compreender e com algum assunto que lhe chame mais atenção.
ENTREVISTA COM A PROFESSORA STEFÂNIA XAVIER
Por Nicolas Gutervil, Erik Leuch, Igor Ferreira
Como você vê a importância da Educação Física no contexto do ensino superior, especialmente em um Instituto Federal, e como ela contribui para o desenvolvimento integral dos alunos?
A educação física ela contribui de maneira holística o desenvolvimento dos alunos porque ela é a disciplina que enxerga o aluno o corpo mente e físico né então ela trabalha ao mesmo tempo nessas instâncias da mente e do corpo então daí vem a importância da educação física no ensino médio e em todos os segmentos de ensino dentro da educação básica educação infantil fundamental e no médico e dentro do instituto federal especialmente porque envolve a questão da tecnologia do ensino tecnológico ligado às disciplinas técnicas então isso influencia de maneira com que eles aprendam a trabalhar o corpo não só de forma esportiva e sim um corpo que pensa que age que sente e que vai desenvolver um trabalho ou na área de informática ou na área de agroecologia e como esse corpo vai se comportar nessas áreas através do esporte através da danças através das lutas através da ginástica.
Quais são os maiores desafios que você enfrenta ao ensinar Educação Física em uma instituição pública de ensino superior e como você os supera?
Aqui especificamente nesta instituição eu não tenho tido nenhuma dificuldade nesta instituição de ensino mas em conversa com outros colegas e observando o trabalho de outros colegas em outras instituições eu percebo que está relacionado à forma que o professor trabalha e esportivizar a educação física visando somente é priorizar as habilidades esportivas que os alunos já trazem com eles e não desenvolver novas habilidades nos alunos.
Você acredita que a prática de atividades físicas e esportivas influencia diretamente no desempenho acadêmico dos alunos? Se sim, de que maneira?
Sim é principalmente na questão da disciplina e ordem porque a partir da disciplina e da ordem que os estudantes né precisam desenvolver num treinamento esportivo numa prática esportiva isso vai refletir nas práticas de estudo e na Constância do estudo deles também porque por exemplo num treinamento você precisa ter Constância de determinado fundamento para que você evolua nele e isso ele vai adquirindo essa habilidade da Constância de ser constante nos estudos para desenvolver né e ter êxito dentro das demais disciplinas do currículo escolar dele.
Como você adapta suas aulas de Educação Física para atender a diferentes necessidades e níveis de habilidade dos alunos?
Primeiro é despertando neles uma consciência que sobre o interesse dele pelo que ele se interessam e a partir disso que eu começo a organizar as aulas com as habilidades motoras mais básicas onde espera-se que todos já tenham desenvolvidas e eles vão conseguir executar as tarefas que foram solicitadas diferentemente de pegar e já começar com uma modalidade esportiva onde o aluno talvez nunca tenha tido contato com aquilo ali ele vai se sentir inseguro vai se sentir até envergonhado em poder realizar atividade pelo medo de errar.
Que estratégias você utiliza para incentivar a participação ativa dos alunos, especialmente aqueles que não podem ter interesse imediato em esportes ou atividades físicas?
Como você adapta suas aulas de educação física para atender as diferentes necessidades e níveis de habilidades dos alunos das habilidades motoras básicas e desenvolvendo como num espiral de acordo eles vão dando uma devolutiva daquela atividade eu vou elevando o grau de dificuldade e vou observando aqueles que tem maior dificuldade ou não e colocando né mesclando os alunos daquele que tem maior dificuldade que tem menor dificuldade para ir ajudando o colega ao outro desenvolvendo ali também né o espírito de solidariedade entre os colegas.
Como você avalia o papel da tecnologia na Educação Física e de que maneira você tem recursos tecnológicos incorporados em suas aulas?
Eu utilizo a tecnologia especialmente em testes físicos né na pesquisa também pedindo para que eles se utilizam né da tecnologia de da internet de sites até de inteligência artificial para eles poderem ter uma noção e uma relação de às vezes até de releitura daquilo que está ali aquilo que ele encontrou ele faz a pesquisa e depois aplicar dentro da das aulas de educação física dentro das atividades aquilo que ele pesquisou aquilo que ele encontrou ele colocar em prática dentro da aula de educação física seja nos jogos brincadeiras danças esportes sempre fazendo esse essa relação paralelo entre o que ele encontrou e como ele vai aplicar aquilo ali dentro da aula de educação física.